Crise dos Alimentos

           

            A situação atual de contestação e críticas das mais diversas, que tem se assentado sobre o tema, referindo-se ao Brasil, está cheia de interesses políticos, e infestada de teatros técnicos terroristas. Porque, no que se refere a 300 milhões de hectares de pastagens e agriculturas o aumento de 8 milhões de áreas destinadas a matéria prima para biocombustíveis para 8,5 milhões não é algo para se criar tanto alarme, visto dois pontos muito importantes.

            Visto também que o aumento das plantações de cana de açúcar estão se desenvolvendo em terras de pastagens e não sobre plantações, o que pode ser corroborado ao vermos que os dois principais produtos que mais tiveram seus preços elevados foi o trigo e o arroz, sendo que a cana não avançou nem um centímetro acima destes.O único aspecto em que a produção de biocombustível influenciou na alimentação, foi nos EUA, já que lá ele é produzido a partir do milho e este é muito presente na mesa dos estadunidenses.

            Porém não há garantia que isso não ocorra no Brasil, visto que para a segurança dessa situação seria necessária a implementação de uma política agrícola com resultados certos e a longo prazo, já que nossa produção de alimentos e de biocombustíveis é pautada unicamente pelo mercado.A tomada de decisões para a produção de qualquer um dos dois, só é feita visando o lucro e não uma estabilidade de subsistência aliada ao desenvolvimento econômico e ambiental.E sermos o país com maior área cultivável não cultivada ainda não é o suficiente, e sim complemento Deve-se fazer uma política agrícola que planeje e organize as ocupações e utilizações dessas áreas necessárias, com zoneamentos para que se garanta uma boa e perene produção.Instrumentos que incentivem e auxiliem o produtor a expandir sua área dentro desse planejamento também é imprescindível.