Protocolo de Kyoto
Protocolo 301
Considerando o cumprir ou o não do protocolo de Kyoto podemos constatar duas situações:
A primeira é conseguirmos cumprir com as metas por ele estabelecidas e mesmo assim sendo a temperatura mundial ainda subirá de 1 a 2 graus o que fará com que muitas espécies arbóreas migrem e muitas delas não se adaptem ao novo solo ou ambiente.
E a outra é nos não conseguirmos, chegando nossa temperatura a uma totalidade de 3,5 a 4 graus, o que de 30% de redução das espécies passaria para aproximadamente 65%, o que não seria causado somente pela mudança de clima em si, mas no que ela provocaria nas chuvas, solo e relevo.
No Brasil cerca de 75% das emissões de gases causadores do efeito estufa são decorrentes das queimadas, se reduzíssemos 35% delas, estaríamos reduzindo cerca de 20% das emissões.Por isso é tão importante estabelecer metas para reduções, o que torna o não estabelecimento de matas do Brasil com relação a suas emissões um caso imoral.
Provocará a extinção de animais também, principalmente dos anfíbios, já que estes são mais sensíveis ao calor, o que prejudicaria a cadeia alimentar da determinada área e pode nos custar um futuro produto biotecnológico.
Pode influenciar até na vida marinha já que com o aquecimento global, as calotas polares estão degelando, o que dessaliniza e acidifica a água, afetando a produção do plâncton que é a base da cadeia marinha.
Verdade ou Mentira
Visto que a industrialização vem com uma inevitável degradação do meio ambiente, repensar sobre a realidade do “Protocolo de Kyoto”, tão falado hoje em dia, é o que nos ocorre.
Será que a real intenção dos países industrializados é realmente tornar nosso ar mais limpo e nosso planeta mais verde novamente ou estão somente interessados no que já se tornou o bilionário mercado de “Créditos do Carbono”? Créditos os quais são obtidos a cada tonelada que os países em desenvolvimento deixam de emitir.
Ter em mente somente comprar créditos dos países emergentes, os quais não são obrigados a diminuir suas taxas de emissões, como direito de poluir não é o pensamento que a humanidade deveria ter em pleno século XXI e não condizendo com a consciência ambiental que esperamos dos mais desenvolvidos. Pois o objetivo do protocolo é voltarmos aos níveis de dióxido de carbono na atmosfera inferires aos de 1990 e não a criação até de bolsas para tais créditos.
O Brasil depois da Índia é o segundo país em criação de projetos para o diminuir das emissões dos GEEs e conseqüentemente para venda dos seus créditos.
O que somente devia estar sendo estimulado é o incentivo ao desenvolvimento de recursos renováveis de energia, responsáveis pela diminuição dos GEEs e a cobertura verde da Terra, responsável pelo seqüestro de carbono, pois na atual situação nossos bens comuns, água, solo, ar, estão sendo privatizados e a sociedade por ser leiga em sistemas financeiros pouco ou nada faz.Devendo ficar claro que podemos substituir nosso sistema energético dispensando cada vez mais o petróleo.
Outro recurso que também contribui para o mercado do carbono são os MDLs, nos quais países desenvolvidos investem em recursos para a diminuição dos GEEs em países em desenvolvimento, sem mexerem nas próprias emissões.Com isso eles ganham certificados que são como se eles mesmos tivessem praticado tal feito.
Claro que não estamos afirmando que tal protocolo é uma farsa, nem que não uniu os países em torno de um objetivo e compromisso comum, mas muita procura por lucro está mascarada por trás como consciência ambiental